Nacional Vendaval mata e deixa Chimoio às escuras

Vendaval mata e deixa Chimoio às escuras

A cidade de Chimoio e a vila de Gondola permaneceram até ao fim do dia de ontem sem energia na sequência de um vendaval que ao princípio da tarde da passada terça-feira sacudiu a capital provincial de Manica, causando, entre outros prejuízos, a morte de uma criança, ferimento de uma outra, desabamento de 30 casas e a queda de um poste de transporte de energia de alta tensão na região do IAC.

Vendaval mata e deixa Chimoio às escuras

Por extensão, a cidade da Beira e algumas vilas localizadas no corredor com o mesmo nome que recebem energia de Chimoio sofreram restrições, afectando o funcionamento normal de serviços, incluindo os bancos e as máquinas de pagamento automático, mais conhecidas por ATMs.

Dados colhidos ontem junto de Bento Langa, director da Área de Transporte em Manica, sugerem que a situação poderá prolongar-se até hoje, medindo pela gravidade da avaria. No entanto, assegurou que equipas do sector foram mobilizadas para o terreno e estão empenhadas na resolução do problema.

Bento Langa entende que é urgente colmatar a avaria para minimizar os prejuízos que estão a ocorrer tanto a nível de instituições do Estado e empresas, assim como dos consumidores.

Na cidade de Chimoio, onde os prejuízos são considerados avultados e que estão ainda por quantificar, reporta-se que a falta de energia afecta todos os bairros da urbe que permanecem às escuras desde cerca das 14.00 horas da passada terça-feira.

Com efeito, para além dos prejuízos directos da EDM, os utentes da rede de distribuição de Chimoio reclamam a putrefacção de produtos perecíveis devido à falta de corrente eléctrica durante cerca de dois dias.

Nas noites, para além do receio de assaltos, os residentes de Chimoio vivem o terror da escuridão, agravado pela nebulosidade que tornou a cidade um autêntico cemitério.

Por outro lado, os prejuízos não se limitam aos consumidores. A TDM local reporta a falta de alimentação da sua subestação de Inchope, o que afectou o tráfego das transmissões telefónicas a nível nacional e internacional.

De acordo com Emília Bilal, substituta do director da Área de Chimoio, alguns países como Malawi, Zimbabwe e Zâmbia e todas as províncias a norte de Inchope, como Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa, sofrem restrições nas comunicações devido ao corte de fibra óptica na região de Muanza, em Sofala, e da referida falta de alimentação daquela subestação.

Em relação a danos humanos, destaca-se a morte de uma criança e ferimento de uma outra por electrocução no bairro 7 de Abril, desabamento de 30 casas de construção precária e o desabrigo de igual número de famílias.

O presidente do município de Chimoio, Raul Conde Marques Adriano, disse que as equipas da edilidade continuam a fazer o levantamento dos danos, cuja avaliação definitiva poderá ser conhecida hoje.

Entretanto, a zona da baixa da cidade de Maputo sofreu restrições de energia entre o meio da manhã e o início da tarde, facto que, de acordo com fonte competente da EDM, se deveu a um curto-circuito na linha que alimenta alguns postos de transformação da área.

A fonte disse que o problema durou apenas trinta minutos, mas apurámos que os sucessivos cortes iniciaram ao meio da manhã e só terminaram cerca das 13.00 horas.