Mariano Matias disse tratar-se de um conjunto de acções visando responder à onda de criminalidade contra a natureza (principalmente a caça furtiva e corte ilegal da floresta), tendo em conta ainda que as forças em presença no terreno, incluindo as da guarda-fronteira, não são suficiente para controlar, principalmente a situação ao longo do rio Rovuma, onde continuam a chegar insistentes informações de invasão de furtivos do outro lado da fronteira para pilhar os recursos naturais moçambicanos.
Mesmo assim, a situação, considerada bastante crítica de há dois anos para cá, segundo a fonte, parece estar a abrandar, principalmente a partir do segundo semestre deste ano, aparentemente em resultado das operações realizadas.
“Houve um trabalho persistente de fiscalização e de operações ao longo do rio Rovuma e no interior do Parque Nacional das Quirimbas, apesar de se tratar de período propício de caça e corte furtivos, regista-se um abrandamento notável”, explicou Mariano Matias.
Os primeiros elementos em formação para a constituição do comando conjunto, segundo César Francisco, formador, beneficiaram de temas educativos e instrutivos ligados à auto-defesa, marcha e disciplina, táctica anti-caça furtiva, Leis e Regulamentos da Floresta e Fauna Bravia, gestão de animais problemáticos, entre outros.
Em relação ao facto de no geral se sentir certo abrandamento nas incursões de exploradores ilegais dos recursos naturais, o nosso jornal pôde confirmar pela escassez de reclamações populares nos comícios orientados pelos altos responsáveis, bem assim, pelas últimas estatísticas que falam num relativo abrandamento.
Durante três dias da semana passada, a nossa Reportagem esteve em quatro distritos, nomeadamente, Ancuabe, Meluco, Macomia e Ibo, na tentativa de medir o nível de confrontação entre os homens na sua relação com os recursos naturais, quer no continente, quer na parte insular do Parque Nacional das Quirimbas.
A linguagem das autoridades, quer administrativas, quer das ligadas ao Parque Nacional das Quirimbas foi unânime em afirmar que a situação tende a melhorar, ficando por identificar claramente as razões determinantes, onde não se afasta o cada vez impiedoso cerco dos furtivos pela fiscalização.