A comida vai ser distribuída aos beneficiários na base do esquema “Comida pelo Trabalho”, concretamente na construção de infra-estruturas públicas como abertura das valas de drenagem de águas pluviais, limpeza e corte de capim nas estradas, entre outras actividades.
Para o timoneiro de Sofala, acredita-se que com esta ajuda seja evitado o pior, pois, no seu dizer, de facto, a situação de fome em Machanga exige uma intervenção pontual do Governo, cuja resposta foi concretizada num período de curto espaço de tempo.
Tal crise alimentar que assola maior parte dos habitantes de Machanga deve-se, fundamentalmente, ao fraco rendimento da última produção agrícola por factores combinados de inundações e seca.
Tradicionalmente, por se localizar na zona costeira ao longo do Banco de Sofala, os habitantes de Machanga sobrevivem-se das actividades piscatórias e extracção de sal cujas potencialidades se localizam nos postos administrativos de Divinhe e Chiloane.
Por outro lado, o governador de Sofala anunciou a existência ainda de alguma bolsa de fome no distrito de Chibabava que fustiga perto de 40 mil pessoas, tendo aconselhado aos camponeses a apostar seriamente na produção e produtividade, numa altura em que decorre as primeiras sementeiras acompanhadas com chuvas em toda a província.
Falando a jornalistas na passada sexta-feira, na vila de Chemba, no final de uma visita de trabalho aos distritos de Chibabava, Gorongosa e Chemba, o governador de Sofala referiu, no entanto, haver bons indicadores económicos nas regiões que acaba de escalar, havendo mesmo solidariedade entre a população em todos os aspectos e com maior realce na ajuda alimentar.