Nacional Falta de água vira uma “dor de cabeça” em Panda

Falta de água vira uma “dor de cabeça” em Panda

Cerca de oito mil pessoas residentes na vila sede do distrito de Panda enfrentam desde Maio último, uma crise de água decorrente de uma avaria grossa registada no pequeno sistema de abastecimento local daquele precioso líquido.
Falta de água vira uma “dor de cabeça” em Panda

Segundo soubemos no local, os habitantes daquela vila recorrem ao rio Nhatocué a três quilómetros da vila e alguns com poderes financeiros optam em comprar água a dois privados que aproveitaram a crise para montar sistemas alternativos para salvar a população.

Nos dois locais, o litro do preciso líquido compra-se a um metical o que significa que 20 litros, quantidade mínima para a confecção de alimentos para uma família com cinco pessoas, custa também 20 meticais.

Os preços praticados na venda da água no distrito de Panda asfixiam as famílias de fraco poder de compra ou simplesmente sem nenhum rendimento, situação que as remete a descerem ao rio para a busca de água não tratada para consumo com todos os riscos para a saúde que isso representa.

O director distrital de Infra-estruturas, Roque Diogo, explicou que o pequeno sistema acabou parando desde que no ano passado foi pressionado a funcionar mais do que a sua real capacidade para fornecer água a vila, durante a visita presidencial.

“O nosso sistema funcionava com motobomba cujo motor também tinha problemas desde Abril de 2010 e no mês de Maio deste ano parou definitivamente porque antes da visita presidencial que teve muita pressão vinha funcionando não nas suas reais capacidades e agora nem dá para mexer”, explicou aquele dirigente.

Roque Diogo disse que a única saída para repor o abastecimento de água só depois da construção do novo sistema, num do projecto financiado pela DANIDA, que inclui outros quatro, nomeadamente, os de Zavala, Inharrime, Homoíne e Morrumbene.

“Não vamos mexer nada antes do inicio desse projecto. Um dos grandes obstáculos que o distrito tinha, era a falta da energia eléctrica, já temos energia e já está sendo construído um posto de transformação de energia só para alimentar o sistema. Daí que podemos dizer que temos uma luz no fundo do túnel para uma solução definitiva de abastecimento de água na sede do distrito de Panda”, disse Roque Diogo.

Enquanto não começa aquele projecto, a ser executado pela COWOTER, sob tutela do Departamento de Água e Saneamento da Direcção Provincial das Obras Públicas e Habitação, a procura do precioso líquido naquela vila virou uma “dor de cabeça”, onde pessoas de todas idades, com recurso a carrinhas de tracção manual, vulgos txovas e outras ainda de tracção animal, se dirigem as duas fontenárias privadas à busca de água mediante o desembolso de valores monetários.