O presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Rosário Fernandes, acompanhado pelos directores gerais e seus adjuntos, para além dos membros da equipa de implementação da Janela Única Electrónica (JUE), recebeu, no seu gabinete, a delegação do Botswana, tendo na altura manifestado satisfação pelo facto de uma delegação de um país economicamente estável, com referência no continente e no mundo, como é o caso do Botswana, ter escolhido humildemente Moçambique para adquirir experiências sobre a implementação do sistema da Janela Única Electrónica.
Um país com um elevado nível de desenvolvimento como o Botswana, segundo Rosário Fernandes, tinha várias opções de escolha, “ao invés de vir a Moçambique, poderia ir até Singapura, Gana ou Madagáscar que também utilizam o sistema da Janela Única Electrónica”.
“Eles olharam para o sucesso da experiência que tivemos com a Janela Única Electrónica e viram que somos um exemplo a seguir”, frisou.
Mais adiante, o presidente da AT explicou que uma das vantagens para o sucesso da JUE foi a grande aposta na formação e capacitação de quadros para a operacionalização do sistema.
“A equipa de implementação desenhou e levou a cabo um programa de formação muito arrojado, para permitir a capacitação em muito pouco tempo do maior número de utilizadores quer de despachantes, quer de funcionários aduaneiros, para a adopção desta nova filosofia de trabalho”, disse.
Rosário Fernandes afirmou, mais adiante, que a adopção da JUE não foi casual, mas sim uma estratégica para a qual foi necessário escolher o momento certo para a sua implementação, tendo como objectivo não apenas a facilitação do comércio externo, mas também para dar garantia do aumento da capacidade de controlo aduaneiro e de monitoramento”, concluiu o presidente da AT.
Por seu turno, o chefe da delegação do Botswana, explicou que “as lições que estamos aqui a aprender pretendemos replicá-las no nosso país, sem necessidade de reinventar a roda ou cometer os erros que eventualmente Moçambique tenha cometido. Apesar de o Botswana possuir melhores indicadores de desenvolvimento económico, o nosso pais também está a experimentar os mesmos problemas de Mocambique, relativos à necessidade de facilitar o comércio e aumentar a receita do estado”.
Refira-se que, para além do Botswana, Moçambique já recebeu igualmente delegações da Tanzânia, República do Congo, Malawi, Namíbia e Madagáscar, que estiveram entre nós, para inteirar-se do processo de modernização das Alfândegas através da introdução do sistema da JUE.