Com um total de 58 membros, maior parte dos associados da agremiação de Elitique já tem o seu próprio tanque ou mais e os restantes procuram formas de obterem por assumirem que se trata de uma actividade com muita rentabilidade, a par da produção agrícola.
“Para nós esta é uma associação sustentável e que surgiu para andar com os seus próprios pés. Neste momento tivemos a ocasião de testemunhar que existem 40 tanques pertencentes aos membros e alguns se propõem a aumentar o número de campos piscícolas próprios”, anotou Gabriel Mutisse.
Um outro factor que impressionou o vice-ministro das pescas, tem haver com o envolvimento directo nos líderes comunitários e religiosos, na abertura dos tanques o que demonstra numa perspectiva de que essas lideranças podem, sobremaneira, influenciar a prática desta actividade nos restantes povoados.
Num outro desenvolvimento, Gabriel Mutisse fez questão de reconhecer que a apesar da produtividade dos tanques ser boa, a avaliar pelo nível de satisfação devido aos rendimentos conseguidos, ainda há aspectos por observar.
“Mas nós temos a percepção de que a produtividade destes tanques pode melhorar se se observarem alguns pressupostos, como a melhoria da qualidade dos alvinos, o maneio e os níveis de alimentação com o introdução da ração ao contrário do farelo que está a ser usado actualmente”, observou Mutisse.
Por seu turno, Jaime Agostinho, um dos agricultores de Elitique e que abraçou a prática da piscicultura e que conta actualmente com dois tanques povoados de alvinos desde 2004, disse que desde que se envolveu nesta actividade a sua renda melhorou significativamente.
“Os meus rendimentos agora são maiores desde que iniciei com a criação de peixe. Hoje posso tirar da minha produção de peixe cerca de três mil meticais por colheita e utilizar para diversos fins sem precisar daquilo que tiro da machamba”, disse Jaime Agostinho que afirma que o produto tem mercado garantido localmente.