De acordo com Julieta Felicidade Paulo, Chefe do Departamento de Água Rural na Direcção Nacional de Águas, considerando a mobilização de recursos que tem sido feita e o forte apoio do fundo comum o nosso país não estará distante deste objectivo.
Para tanto, diversas iniciativas têm sido direccionadas para a melhoria do abastecimento de água e saneamento nas zonas rurais.
Para este ano, segundo Julieta Paulo, existe a previsão da conclusão de dois pequenos sistemas de abastecimento de água para Catuane, que já está praticamente concluído e de Goba, que está em fase de conclusão.
O pequeno sistema de Goba vai beneficiar 3000 pessoas, mas está equipado com uma capacidade para atender mais tendo em conta o crescimento da população. Por seu turno, o de Catuane está equipado para 2500 pessoas.
Os dois projectos estão orçados em 23 milhões de dólares e iniciaram no ano passado com previsão de conclusão este ano, num contrato de sete meses. No caso de Goba, segundo a fonte, houve uma pequena alteração para assegurar um abastecimento de água fiável e o projecto alastrou-se por mais quatro meses. O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, esteve recentemente em Goba e congratulou-se com os esforços em curso naquele ponto do país para providenciar água para a população.
Para além destes dois projectos na província de Maputo, estão a ser instalados outros três sistemas na província de Gaza, nomeadamente em Mabalane, Nhacutse e Malehice para além dos de Mopeia e Ile na Zambézia cada um com uma capacidade média de abastecer entre 4000 e 5000 pessoas.
“Temos sistemas grandes como o de Mabalane, onde temos a previsão de mais de cinco mil pessoas, mas a média é de 4000 a 5000 pessoas servidas nestes cinco projectos, sempre com a capacidade de expandir para um pouco mais. Há sistemas que não fazem parte da gestão rural que são de médio e grande porte que serão assegurados através duma nova instituição em fase de consolidação”, disse a nossa fonte.
A filosofia dos pequenos sistemas que estão a ser promovidos pelo Departamento de Água Rural é responder às necessidades das zonas com aglomerados populacionais considerável e que tem uma perspectiva de expansão económica.
Pretende-se que estes pequenos sistemas, que incluem ligações de água aos domicílios, sejam geridos duma forma privada para assegurar a sustentabilidade dos mesmos. Neste sentido, terá de haver uma comparticipação da população.
“O sector está a crescer. Estamos a fazer o abastecimento de água com fontes dispersas há cerca de 20 anos. A demanda naturalmente aumentou a nível rural. A população também se organizou naturalmente de forma diferente e o Governo tem de responder à nova realidade”, disse.
Para este ano estão planificadas 1700 novas fontes dispersas financiadas através do Fundo Comum e doutros parceiros do sector, para além da comparticipação do Governo.