Internacional Africa M23 ameaça retomar ofensiva na ausência de negociações

M23 ameaça retomar ofensiva na ausência de negociações

M23 ameaça retomar ofensiva na ausência de negociações
O líder do braço político do movimento rebelde M23, activo no leste da República Democrática do Congo (RDC), ameaçou retomar a ofensiva se não forem abertas “o mais cedo possível”, as negociações directas” com as autoridades congolesas, noticiou à AFP.

“Se não forem realizadas negociações o mais cedo possível, há um risco de novos confrontos nos próximos dias”, declarou quarta-feira, Jean-Marie Runiga, em Bunagana, uma localidade situada na fronteira com o Uganda, no leste da RDC.

O Movimento de 23 de Março (M23) é composto por antigos rebeldes que, após terem sido integrados em 2009 no exército congolês, nos termos dum acordo de paz, amotinaram-se depois e combatem desde Maio último, o exército regular da RDC.

“A nossa prioridade , não é a guerra, nossa prioridade actual é de dizer ao governo de Kinshasa: +escute, rápido, rápido, rapidamente+, o mais cedo possível, entremos para a mesa de negociações para que possamos encontrar as soluções que se colocam aos problemas da nação, que as coisas retomem a normalidade”, insistiu o líder político ebelde.

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A ONU e várias Ongs acusam esse movimento de violação aos Direitos humanos,consubstanciado nas violações, no recrutamento forçado de civis, entre eles mineiros, nas execuções sumárias e nas pilhagens em zonas sob seu controlo.

Jean-Marie Runiga, rejeitou em bolco essas acusações.

“Até ao momento, não foram cometidas execuções”, afirmou, acrescentando “não haver crianças soldados nas suas hostes”.

No “respeitante” aos acordos de 2009, Runiga indicou ter obtido durante as negociações em Kampala o beneplácito de “integrar outros pontos, as outras questões que afectam a nação congolesa, citando como exemplo, os problemas de “governação” e sociais.