A suspensão da admissão de novos ingressos para estes cursos foi anunciada depois de a UEM ter lançado, recentemente, as candidaturas de acesso a cerca de quatro mil vagas para ingresso, próximo ano, aos diferentes cursos leccionados na universidade.
O porta-voz da UEM, Joel Tembe, que deu estas informações ontem em conferência de imprensa, explicou que a admissão de novos ingressos foi cancelada porque a escola continua em instalações emprestadas, onde funciona a Escola Secundária do distrito.
`O funcionamento era provisório em instalações emprestadas enquanto decorria a construção de infra-estruturas próprias, mas devido aos cortes no orçamento não foi possível avançar com o plano e a escola continua sem edifício´, disse Tembe.
Acrescentou que a medida também foi tomada porque a falta de instalações próprias também dificultou a instalação de laboratórios para aulas práticas e de alojamento para os estudantes.
`Continuamos a partilhar instalações com a Escola Secundária de Vilankulo e por se tratar de dois níveis de ensino diferentes já não há condições adequadas para se prosseguir tranquilamente com a formação´, afirmou.
Garantiu que a suspensão da admissão de novos ingressos vai permanecer até que seja solucionado o problema sem, no entanto, se referir a prazos uma vez a iniciativa consta do plano estratégico da UEM.
Disse também que em relação aos cerca de 1300 estudantes que continuam a frequentar os cursos leccionados naquela escola deverão continuar a estudar até concluírem a sua formação.
Em relação ao ensino à distância nas faculdades de Economia e de Educação, Joel Tembe referiu que a medida visa descongestionar os cursos, actualmente 780 estudantes.
`Queremos criar condições para garantir o fluxo pedagógico e permitir que os estudantes terminem os cursos a tempo daí a decisão do conselho de não admitir novos ingressos´, explicou Tembe.
Entretanto, segundo a fonte, a II sessão do Conselho Universitário da UEM decidiu também criar um Gabinete de Sistema de Garantia de Qualidade de Ensino, um órgão que, entre outras actividades, deverá acompanhar, monitorar e apoiar metodologicamente no ensino, na universidade. Afirmou que o órgão, estará ligado à Direcção Pedagógica e já estava a operar, mas ainda carecia da autorização do órgão máximo da universidade.
Jornal Notícias