Sociedade Normalizada emissão das cartas de condução

Normalizada emissão das cartas de condução

Normalizada emissão das cartas de condução
O Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATER) espera reduzir para um mês o período de espera pela carta de condução biométrica, depois de resolvida a ruptura de “stocks” de material verificada em finais do ano passado.

Com efeito, segundo informações prestadas ontem à Imprensa pelo director-geral-adjunto do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres, Edgar Gemo, as restrições na produção da carta de condução decorrem desde Outubro passado, tendo-se prolongado por um período de cerca de seis meses, facto que fez com que a instituição não tivesse capacidade de satisfazer as solicitações dos utentes que queriam a carta de condução definitiva.

Em Julho passado, segundo Gemo, foi retomada a produção normal, com a impressão de 1600 cartas por dia. No entanto, ainda não é possível satisfazer a demanda em tempo útil, uma vez que houve um acumulado de perto de 75 mil cartas por serem feitas durante os seis meses.

“Desde Julho passado, já foi possível imprimir um total de 40 mil cartas das 75 mil em atraso e até finais de Setembro vamos conseguir entregar as restantes 35 mil”, disse Gemo.

Segundo indicou, a capacidade da fábrica neste momento é de produzir 1600 cartas por dia, facto que tem permitido dar vazão ao trabalho acumulado, uma vez que diariamente há apenas 600 novos pedidos em todo o país.

O tempo de espera da carta de condução deverá reduzir dos actuais quatro para dois meses nos finais de Outubro, um mês em Novembro e 15 dias a partir do próximo ano, uma vez que o INATTER está a estudar a possibilidade de contratar um fornecedor local do mesmo material.

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Segundo explicou, a ruptura do “stocks” teve a ver com o fornecedor. Com efeito, a empresa que desenhou a carta de condução, sediada nos Estados Unidos, encontrava-se em processo de reestruturação durante aquele período, tendo passado sucessivamente de um proprietário para outro e posteriormente para um terceiro, facto que afectou o processo de produção normal dos materiais, não tendo sido possível satisfazer atempadamente a encomenda do INATTER.

Edgar Gemo indicou que, como forma de não voltar a repetir-se este episódio, está-se a trabalhar no sentido de encontrar um fornecedor interno.

Apontou que o processo de emissão da nova carta de condução decorre desde 2007 e de lá para cá o mercado moçambicano evoluiu de tal forma que já é possível encontrar fornecedores locais do tipo de material que é usado na impressão das cartas de condução.

“Estamos preocupados com os utentes dos nossos serviços, particularmente os condutores que procuram a sua carta de condução para circular na via pública. Em alguns momentos, não conseguimos entregar a carta definitiva a tempo. No entanto, durante este período temos estado a dar a carta de condução provisória. Sentimo-nos, por isso, na obrigação de dar uma explicação”, disse.
Segundo Gemo, tem sido possível, todavia, entregar aos utentes a carta de condução provisória, válida por três meses, e sempre que solicitada é prorrogada, sendo documento bastante solicitado para a identificação dos automobilistas.