Para conhecer as sentenças dos crimes em que estão envolvidos, os cidadãos são obrigados a percorrer mais de 60 quilómetros, desde a vila sede de Namarrói até ao distrito de Ile.
Na verdade, é uma situação constrangedora, pois para a transferência de cidadãos para julgamento, na sequência dos crimes por si cometidos, o governo distrital é obrigado a alocar uma viatura de uma das direcções distritais para acompanhar os cidadãos em causa. Isso porque a Polícia da República de Moçambique (PRM) naquele distrito não dispõem de viatura para o efeito.
Enquanto não se construir um tribunal no distrito de Namarrói, os agentes da lei e ordem escalados para acompanhar os referidos cidadãos vão continuar a correr riscos de, um dia, serem culpabilizados por fuga de cidadãos criminosos, devido à falta de segurança nos veículos usados para o transporte, pois são de caixa aberta e sem segurança para o efeito.
Amisse Mussa, comandante distrital da PRM em Namarrói, explicou que, embora o governo distrital preste o seu apoio no transporte de cidadãos, o mais adequado seria erguer um tribunal distrital para julgar, localmente, cidadãos a contas com a justiça.