Uma medida aplaudida por todos, uma vez que as operadoras iriam partilhar os custos de manutenção de uma determinada antena, o que iria reduzir para quase um terço os custos actuais e, em última análise, ganhava o consumidor. Mas de 2010 a esta parte, o referido regulamento ainda é letra morta.
Prova disso é que a terceira operadora instalou o seu equipamento nos mesmos locais onde as outras duas empresas funcionam. Entretanto, uma fonte da direcção da Vodacom garante que pelo menos entre a sua empresa e a Mcel as negociações estão numa fase avançada para num futuro próximo passarem a partilhar algumas antenas.
A fonte explicou que se trata de uma negociação algo delicada no que ao modelo de custos diz respeito. Segundo a fonte, as duas empresas já deram luz verde ao Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique, órgão regulador das comunicações, para contratar uma empresa que avalie o custo de cada infra-estrutura a ser partilhada, permitindo que a operadora arrendatária da antena pague um valor justo.
A nossa fonte explicou que a partilha de infra-estruturas de telefonia móvel em Moçambique deve ter uma abordagem diferente da de outros países. Requer um estudo muito aprimorado porque, segundo acrescentou, as infra-estruturas existentes foram construídas numa realidade em que a visão de partilha não era tida em conta. Parte das antenas implantadas não estão preparadas para acomodar mais de uma operadora, disse a nossa fonte que mesmo assim, assegurou que a Vodacom e a Mcel vão em breve partilhar antenas.
O regulamento, aprovado pelo Conselho de Ministros em 2010, refere que as negociações sobre os acordos de partilha de infra-estruturas passivas de telecomunicações e outros recursos de rede entre o proprietário ou detentor da infra-estrutura e o operador solicitante devem observar o princípio.