Por outro lado, a campanha visa assegurar a estes menores a assistência social, nomeadamente educação, formação vocacional para geração de rendimento e práticas desportivas e culturais.
O Notícias soube que a Universidade Católica de Moçambique tem 15 estudantes envolvidos neste processo de identificação de crianças que vivem na rua. O processo que arrancou no ano passado resultou já na recolha de 192 crianças todas do sexo masculino naquela situação, cujas idades variam dos quatro a 18 anos.
Daquele universo, 145 crianças já se encontram junto das respectivas famílias facto que indica o sucesso das acções que estão sendo levadas a cabo pelas partes envolvidas nesta campanha que decorre em Nampula, Angoche, Moma, Monapo e Nacala-Porto onde o fenómeno da criança na rua é mais visível.
O director da mulher e acção social em Nampula, Lourenço Boene, referiu que a implementação do trabalho de assistência às crianças retiradas da rua conta com o apoio financeiro e material de parceiros com enfoque para as empresas de exploração de areias pesadas em Moma, kenmare, Matanuska virada à produção de banana, das ONG’s Help, Betel, Missões nas Cidades, Aldeia Esperança e Orade.
Referiu no entanto que o comportamento de algumas famílias que se caracteriza pela recusa em acolher crianças que fazem parte do seu agregado está a comprometer o esforço do seu sector no contexto de prestação de assistência àquela camada social. “Vamos insistir no trabalho que temos vindo a realizar até aqui no sentido de sensibilizar a comunidade que é na família onde as crianças devem estar” – sublinhou Lourenço Boene.
As crianças da ou que vivem na rua sobrevivem através de pequenos trabalhos que realizam, tais como lavar e guardar carros, transporte de mercadorias entre outras actividades. Nas noites acomodam-se nas escadas dos edifícios, fazendo companhia aos guardas-nocturnos entre outros lugares com relativa segurança.
O sector da mulher e acção social garante prosseguir os seus esforços tendentes a angariar mais apoios financeiros para apoiar iniciativas que tenham como finalidade a capacitação das crianças para o desenvolvimento de actividades de geração de rendimento, actualmente em curso, nomeadamente a avicultura, produção de hortícolas no infantário provincial.