Internacional Israel realiza ataque aéreo em Doha, visando líderes do Hamas

Israel realiza ataque aéreo em Doha, visando líderes do Hamas

O governo de Israel confirmou a realização de um ataque aéreo em Doha, no Catar, com o objectivo de eliminar chefes do Hamas. No entanto, tanto o governo catariano como as Nações Unidas classificaram a ação como uma violação das leis internacionais.

De acordo com um porta-voz do Exército israelense, a operação foi conduzida pelo Shin Bet, a agência de inteligência do país, em colaboração com a Força Aérea. Jactos israelenses sobrevoaram a capital catariana, utilizando armamento de precisão para atacar membros da alta cúpula do grupo terrorista que se encontravam reunidos em Doha.

Relatos da imprensa israelense indicam que um dos alvos do ataque era Khalil Al-Hayya, principal negociador nas tentativas de acordo de paz com Israel. Apesar das informações sobre a sua morte, não houve confirmação oficial até ao momento sobre a sua situação. Por outro lado, fontes do Hamas informaram à agência Reuters que a delegação responsável pelas negociações de paz não foi atingida durante a ofensiva.

Israel também comunicou que havia notificado previamente os Estados Unidos sobre a operação. Segundo o canal I24, o governo de Donald Trump terá dado luz verde para o ataque. Em resposta, a Embaixada dos EUA no Catar emitiu uma ordem de abrigo para os cidadãos norte-americanos presentes no país.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ação foi “totalmente planeada e executada” exclusivamente por Israel, frisando a “total responsabilidade” do governo israelita pelo ataque.

Em reacção a esta ofensiva, o Catar, que tem exercido um papel de mediador nas negociações entre Israel e o Hamas, anunciou a suspensão temporária das conversas de paz. O chanceler catariano considerou o ataque uma “violação flagrante das leis internacionais” e um “ato covarde”, prometendo uma investigação.

António Guterres, director-geral da Organização das Nações Unidas, manifestou-se, declarando que a ofensiva israelense constitui uma “violação da soberania territorial flagrante”.