A Primeira-ministra de Moçambique, Benvinda Levi, fez um apelo à mulher moçambicana para que se dedique à escrita literária como forma de partilhar saberes e visões de futuro.
Levi destacou que esta prática pode servir de canal para uma expressão mais abrangente, superando a tradicional oralidade.
Durante a sua visita a uma feira de exposição no Pavilhão Municipal de Tete, onde estavam em exibição várias obras literárias, a Primeira-ministra sublinhou a importância de as mulheres usarem a escrita para transmitir tanto os seus conhecimentos acumulados ao longo dos anos como as suas aspirações. “As mulheres têm um vasto conhecimento frequentemente transmitido oralmente, e hoje há muitas que têm a capacidade de ler e escrever. É fundamental que possam partilhar não só os seus conhecimentos, mas também as suas utopias”, afirmou.
Levi enfatizou a necessidade de dar voz às experiências, sonhos e projectos femininos, defendendo que iniciativas que promovam a escrita entre as mulheres são essenciais. Citou autoras moçambicanas de renome, como Paulina Chiziane, Noémia de Sousa e Lília Momplé, como referências inspiradoras para a nova geração de escritoras. “Devemos incentivar as mulheres a escrever desde tenra idade, possivelmente mediante concursos dirigidos exclusivamente para meninas”, acrescentou.
Durante a sua estada, Levi também visitou a Mozambique Leaf Tobacco, a maior fábrica de tabaco do país, onde conheceu o processo de produção, antes de se deslocar à Feira de Artesanato, Artes Plásticas, e Livro, onde assistiu a um espectáculo de humor, poesia e desfile de moda.