Internacional Irão reafirma direito ao enriquecimento de urânio e rejeita imposições dos EUA

Irão reafirma direito ao enriquecimento de urânio e rejeita imposições dos EUA

O embaixador iraniano nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, reafirmou que o Irão “nunca abdicará” do seu direito de enriquecer urânio para fins pacíficos. 

Em entrevista à CBS News, Iravani caracterizou o enriquecimento de urânio como um “direito inalienável” do país, sublinhando a intenção de implementar essa capacidade.

O diplomata mencionou que o Irão está disposto a transferir o seu urânio enriquecido para um país terceiro ou a colocá-lo sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) dentro do território iraniano. Apesar da disposição para o diálogo, o embaixador rejeitou as exigências de “rendição incondicional” impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, afirmando que os EUA desejam ditar as condições. “Se quiserem negociar, estamos prontos. Mas se nos quiserem impor as suas condições, então uma negociação é impossível”, declarou.

Por sua vez, o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Majid Takht-Ravanchi, alertou que o país só regressará à mesa de negociações se os EUA garantirem que não voltarão a atacar o Irão. “Queremos que nos digam se vão voltar a atacar-nos enquanto estivermos a negociar. Os EUA têm de ser muito claros sobre esta questão e sobre aquilo que estão dispostos a oferecer para criar as necessárias condições de confiança para retomar o diálogo”, afirmou o vice-chefe da diplomacia iraniana à BBC.

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Takht-Ravanchi insistiu que o Irão nunca abrirá mão do seu direito a enriquecer urânio, afirmando que é possível discutir a quantidade e as condições, mas advertiu que imposições severas que incluam ameaças de bombardeamento são inaceitáveis. “Isso é a lei da selva”, acusou.