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Empresário detido em Maputo por envolvimento em rede de fraude e branqueamento de capitais

As autoridades moçambicanas prenderam um homem procurado por casos de fraude e branqueamento de capitais, no Aeroporto Internacional de Maputo. O detido, Hussen Gulam, foi apanhado ao desembarcar de um voo proveniente de Dubai.

De acordo com informações divulgadas pelo diário independente “O País”, Gulam é alvo de uma investigação efectuada pelo Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT).

As alegações contra ele incluem uma série de crimes, como fraude fiscal, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e conspiração criminosa.

O GCCCOT revelou que Gulam terá constituído empresas de fachada em Moçambique, utilizando-as para transferir vultosas quantias em dólares americanos para paraísos fiscais. Os valores transferidos supostamente destinavam-se à importação de produtos para venda no país; no entanto, as investigações apontam que os bens nunca terão chegado a Moçambique.

Segundo os procuradores, Hussen Gulam contava com a cumplicidade de funcionários da alfândega, advogados e trabalhadores bancários, que o ajudaram na falsificação de documentos e na exportação de capitais.

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Adicionalmente, Hussen é irmão de Norolamin Gulam, que se encontra detido nos Estados Unidos sob acusações de tráfico de drogas. Este último também é um dos suspeitos procurados pelo GCCCOT. Recentemente, dois outros indivíduos envolvidos no mesmo caso foram libertados pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

O GCCCOT salientou que as investigações abrangem ainda 40 outras pessoas, entre as quais funcionários da alfândega e trabalhadores bancários. Estão igualmente implicadas cerca de 62 empresas de fachada, cujos proprietários são considerados réus neste caso.

As acções do GCCCOT resultaram na apreensão de 32 imóveis, automóveis de luxo e uma quantia indeterminada de dinheiro que estava na posse dos suspeitos.