Milhões de cidadãos que falam português em todo o mundo, poderão enfrentar restrições de entrada nos Estados Unidos.
Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas, incluindo cidadãos de Moçambique, possam ser afectadas por uma possível revisão da política de imigração da administração Trump.
Segundo a agência Reuters, citada pela CNN Portugal, a administração norte-americana está a considerar incluir 36 países adicionais numa lista que já contempla 12 nações, resultando num total de 48 Estados considerados indesejados. Entre os países lusófonos que podem ser incluídos estão Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, que fazem parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A proposta surge na sequência de um documento assinado pelo presidente dos EUA no início de Junho, que já proibia a entrada de cidadãos de países como Afeganistão, Chade, Eritreia e Guiné Equatorial. A nova lista, que poderá resultar em suspensão total ou parcial de entrada, inclui países que não cumpram os padrões e requisitos estabelecidos num prazo de 60 dias.
Além dos três países mencionados, os restantes 33 sob avaliação incluem nações como Camboja, Egito, Etiópia, Gana, Uganda e Zimbábue. Caso se concretize uma suspensão parcial, a proibição de entrada geral poderá não se aplicar a diplomatas e outros casos específicos.