A exploração de grafite na mina de Balama tem sido marcada por tensões crescentes entre a comunidade local e a operadora TWIGG Exploration and Mining Limitada.
Na continuidade de uma série de protestos, os Naparamas uniram-se à população afectada para assegurar que a mina não reabra as suas portas sem que sejam pagas as devidas indemnizações às famílias que ocupavam a área.
Desde Setembro de 2024, barricadas foram erguidas nas entradas da mina, como forma de exigir compensações pela ocupação das terras e em resposta ao despedimento de trabalhadores sem justa causa. A presença dos Naparamas, um grupo tradicional importante na região, intensificou a pressão sobre a mineradora, que se encontra paralisada há quase sete meses.
O governador de Cabo Delgado, Valige Tauao, tentou intervir na situação, reunindo-se com as comunidades afectadas, representantes do governo e líderes locais, na esperança de alcançar uma solução pacífica.
Contudo, esta foi a terceira vez que o governador falhou em convencer os manifestantes a permitir a reabertura da mina, evidenciando a profundidade do descontentamento popular.