Destaque Justiça arquiva caso de suposto suborno ao líder do PODEMOS

Justiça arquiva caso de suposto suborno ao líder do PODEMOS

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) decidiu arquivar o caso de um alegado suborno milionário ao líder do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha. 

O caso envolvia a denúncia de que Forquilha teria recebido 219 milhões de meticais para desistir da luta pela reposição da verdade eleitoral e permitir que os deputados eleitos pelo PODEMOS tomassem posse a 15 de Janeiro deste ano.

A denúncia foi feita pelo Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) e levantou questões sobre a legitimidade da cerimónia de tomada de posse dos deputados, especialmente na sequência do apelo do candidato independente Venâncio Mondlane — oficialmente o segundo mais votado nas eleições de Outubro de 2024 — que reclamava vitória e sugeriu o boicote à cerimónia.

No entanto, a posse ocorreu sem incidentes, e Forquilha afirmou que o seu partido não teria conseguido tornar-se o maior partido da oposição no parlamento, atrás apenas da Frelimo, sem o endosso de Mondlane.

Romualdo Jhonam, porta-voz do GCCC, confirmou que o caso foi arquivado devido à falta de elementos que sustentassem a veracidade da denúncia, mesmo após a audição do denunciante. “Foi ouvido o denunciante, onde foi dada a oportunidade de trazer mais elementos e provas que sustentam a denúncia efectuada, mas não foi possível obter tais elementos, e mesmo pelas investigações realizadas por nós. E, na sequência disto [falta de provas], o processo foi arquivado” explicou Jhonam.

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O porta-voz destacou ainda que o processo pode ser reaberto caso novos elementos que comprovem a denúncia venham a surgir.

Em uma nota positiva para o GCCC, durante um briefing sobre as realizações do primeiro trimestre do ano, foi anunciada a detenção de um técnico do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) por envolvimento no desvio de 490 milhões de meticais, juntamente com outros três beneficiários. O valor desviado foi dispersado por várias contas de particulares, incluindo a esposa, a ex-esposa e sócios de empresas.

“O processo está em instrução para investigar a responsabilidade de todos os agentes do crime e colher mais elementos de prova,” acrescentou Jhonam.