Richard Burrows, um ex-director de um prestigiado colégio interno, foi considerado culpado de um total de 97 crimes de abuso sexual de menores, incluindo 43 crimes dos quais já se tinha declarado culpado.
A decisão do tribunal representa um marco significativo na busca pela justiça, uma vez que Burrows foi procurado pelas autoridades britânicas durante quase três décadas.
Os crimes atribuídos a Burrows ocorreram entre os anos 60 e 90, tendo este fugido para Phuket, na Tailândia, em 1997, no período que antecedeu o seu julgamento. O homem, agora com quase 80 anos, foi detido no ano passado ao regressar ao Reino Unido, onde, alegadamente, afirmou à sua família que voltava para enfrentar as acusações. No entanto, fontes oficiais sugerem que a sua motivação principal teria sido a falência.
A investigação das autoridades britânicas revelou que Burrows utilizava uma identidade falsa na Tailândia, apresentando-se como Peter Leslie Smith. A sua detenção foi possível graças a uma operação de rotina que, através de um software de reconhecimento facial, identificou Burrows como um fugitivo procurado há 27 anos.
O tribunal ouviu que o ex-director abusou de jovens sob a sua tutela, utilizando a sua posição de poder para satisfazer os seus desejos sexuais. Durante o julgamento, Burrows admitiu ser pedófilo, embora tenha refutado as “acusações mais sérias”, classificando-as como “degradantes e nojentas”. Além disso, ao comunicar-se com um familiar sobre o seu regresso ao Reino Unido, fez comentários que foram considerados “nojentos” pelas autoridades, ao afirmar que “nem todos os pedófilos são iguais”.