Sociedade Ordem dos Enfermeiros propõe criação da Escola Superior de Ciências de Enfermagem

Ordem dos Enfermeiros propõe criação da Escola Superior de Ciências de Enfermagem

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, recebeu em audiência a Ordem dos Enfermeiros de Moçambique (OEMo). Este encontro teve como principal objectivo a discussão dos desafios cruciais enfrentados pela classe de profissionais de enfermagem no país.

A bastonária da OEMo, Maria Acácia Ernesto Lourenço, descreveu a reunião como uma conversa amena que permitiu apresentar os pontos que constituem as maiores dificuldades para a entidade. “Tivemos aconselhamento necessário e partilhámos os pontos de solicitação de apoio”, afirmou Lourenço em declarações à imprensa.

Um dos principais desafios destacados pela líder da Ordem é a necessidade de obter apoio para a submissão e aprovação dos estatutos reformulados da OEMo. Estes novos estatutos visam alinhar as competências da instituição com a realidade da prática profissional em Moçambique. O processo requer a tramitação junto de várias instâncias, incluindo o Ministério da Saúde, o Conselho de Ministros e, finalmente, a Assembleia da República.

A bastonária sublinhou que a morosidade na aprovação dos estatutos tem sido um entrave significativo para o pleno exercício das competências da OEMo. Lourenço apelou a um esforço conjunto para que o documento seja tratado com celeridade, permitindo que a Ordem funcione dentro de um quadro legal que reflita a sua realidade e as suas responsabilidades.

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Além disso, a OEMo solicitou apoio para a criação da primeira Escola Superior de Ciências de Enfermagem, um projecto que iniciou em 2022. Maria Lourenço argumentou que a enfermagem deve ser reconhecida como uma ciência autónoma, distinta da medicina, e que a criação de uma instituição de ensino própria é vital para o desenvolvimento de pesquisas e inovações que melhorem a qualidade da assistência prestada à população moçambicana.

“Julgamos que a enfermagem precisa de ter uma escola própria, que possa ter a liberdade e a dignidade de desenvolver a investigação. É somente através da investigação que podemos inovar a prática da enfermagem e, assim, melhorar a qualidade da assistência à nossa população”, concluiu a bastonária.