O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que a Faixa de Gaza continuará a ser alvo de ataques, após uma recente ofensiva que resultou na morte de mais de 400 palestinos em apenas um dia.
A declaração foi feita na terça-feira, em meio a um clima de tensão crescente nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
O governo israelita não honrou os acordos previamente estabelecidos, exigindo agora uma extensão da primeira fase do cessar-fogo, bem como a libertação de todos os reféns que permanecem em Gaza. Estima-se que cerca de 59 pessoas, entre elas reféns e mortos, ainda estejam sob a custódia do grupo extremista.
Durante o seu discurso, Netanyahu responsabilizou o Hamas pela eclosão do conflito e acusou o grupo de recusar a oferta de prorrogação do cessar-fogo, assim como a libertação dos reféns israelenses. Em uma firme declaração, o líder israelita assegurou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) continuarão a sua luta.
“Quero assegurar a todos os nossos amigos ao redor do mundo: Israel lutará e Israel vencerá. Traremos nosso povo de volta para casa e destruiremos o Hamas”, afirmou Netanyahu. Ele acrescentou que o governo não desistirá até alcançar os objectivos essenciais e proporcionar ao país um futuro de paz e prosperidade.
A recente operação militar em Gaza, que resultou na morte de 413 pessoas, incluindo crianças, ocorreu em meio a um impasse nas negociações sobre a continuidade do cessar-fogo. O Hamas informou que entre as vítimas dos bombardeios estão seis funcionários do governo que lidera o enclave.
O plano inicial de negociação, dividido em três fases, previa o início das discussões para a segunda etapa a partir de 1 de Março, data em que a primeira fase do cessar-fogo expirou. Embora o Hamas desejasse avançar nas negociações para a retirada das tropas israelitas e a libertação dos reféns vivos, o governo de Netanyahu optou por estender a primeira fase do plano, exigindo a libertação dos cativos sem qualquer compromisso de retirar suas forças do território palestino.