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Mulher grega condenada a duas penas de prisão perpétua pelo homicídio das filhas

Uma mulher de 36 anos, Roula Pispirigou, foi condenada a duas penas adicionais de prisão perpétua pelo homicídio das suas filhas Malena e Irida, em um tribunal de Atenas. A decisão surge após a sua condenação anterior, no ano passado, pelo homicídio da sua filha Georgina, de nove anos.

O tribunal concluiu que Pispirigou sufocou Malena, em 2019, e Irida, em 2021, numa série de tentativas desesperadas para evitar que o seu marido, Manos Daskalakis, a abandonasse. A advogada de Daskalakis, Eva Ambazi, afirmou que “o julgamento dissipou quaisquer dúvidas quanto à sua culpabilidade”, reiterando que o tribunal a considerou culpada de assassinar as duas filhas num “estado de espírito calmo”.

Apesar das condenações, Pispirigou mantém-se firme na sua inocência e anunciou a intenção de recorrer da sentença. Em declarações aos três juízes e quatro jurados que a avaliaram, sublinhou que “lutaria até ao fim para fazer justiça” às suas filhas.

O caso ganhou nova dimensão em Março de 2024, quando um tribunal separadamente a considerou culpada pelo homicídio de Georgina. Esta decisão levou a uma reavaliação das mortes de Malena e Irida, que revelou evidências de asfixia, resultando numa nova acusação de homicídio.

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A procuradora Vassiliki Dimopoulou, ao apresentar o caso no tribunal, afirmou que Pispirigou cometeu os crimes “para manter o seu casamento”, evidenciando um padrão de comportamento “metodológico e premeditado”. A gravidade deste caso chocou a opinião pública grega, levantando questões sobre a dinâmica familiar e a saúde mental da ré.