Israel intensificou a sua operação militar contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo porta-voz do Ministério da Defesa israelita, Oren Marmorstein, através da rede social X, onde salientou que a escalada de violência se deve à recusa do Hamas em aceitar propostas para prolongar o cessar-fogo e libertar os reféns israelitas.
O ataque, que já resultou na morte de mais de 400 pessoas, marca o fim do cessar-fogo que vigorou desde 19 de Janeiro. Marmorstein detalhou que o Hamas rejeitou duas propostas concretas de mediação apresentadas pelo enviado presidencial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, enquanto Israel estava disposto a aceitar essas sugestões.
A primeira fase do cessar-fogo, que foi assinado entre Israel e o Hamas, terminou a 2 de Março, sem que houvesse um acordo sobre a implementação da segunda fase, que previa um cessar-fogo definitivo. Israel argumentou a favor de um prolongamento da primeira fase, com a condição de libertações de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos, em consonância com as propostas norte-americanas.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que os ataques têm como objectivo atingir alvos terroristas do Hamas em toda a Faixa de Gaza, com metas que incluem a libertação de todos os reféns, o desmantelamento das infraestruturas militares e governamentais do Hamas, e a eliminação da ameaça à segurança de Israel e dos seus cidadãos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, caracterizou o regresso aos bombardeamentos como uma “repressão” ao Hamas, que, segundo ele, não cumpriu com a entrega de 59 pessoas raptadas a 7 de Outubro de 2023, das quais cerca de 30 poderão já estar mortas.
De acordo com fontes do governo da Faixa de Gaza, a maior parte das vítimas dos ataques de Telavive nesta madrugada são mulheres e crianças. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, já havia declarado que o país “retomou os combates” na região até que todos os reféns ainda retidos pelo Hamas sejam libertados, acrescentando que “as portas do inferno vão abrir-se sobre Gaza” caso isso não aconteça.