Um ataque aéreo devastador resultou na morte de pelo menos 17 pessoas e deixou cinco feridos, conforme relatado por Chul Gatkuoth, comandante do Exército Branco, uma milícia que tem estado em combate com as forças governamentais na região desde o início do mês.
De acordo com Gatkuoth, apenas um dos feridos sobreviveu, enquanto os demais sucumbiram aos seus ferimentos.
As vítimas, segundo o militar, foram “queimadas até à morte” durante os bombardeamentos de retaliação, que atingiram várias áreas de Nasir, incluindo a pista de aterragem. O comissário do condado, Gatluak Lew Thiep, confirmou à agência EFE que o número de mortos pode ascender a 21, uma vez que os bombardeamentos recomeçaram na manhã de hoje, levando as autoridades locais a continuar a avaliação dos danos e das vítimas.
Moradores da região acusaram tanto as Forças de Defesa do Povo do Sudão do Sul como as Forças de Defesa do Povo do Uganda de estarem envolvidas no ataque, que, segundo testemunhas, teve como alvo zonas residenciais e provocou a destruição de várias habitações.
Esta escalada de violência ocorre numa sequência de intensos confrontos em Nasir, que começaram no dia 4 de Março, quando o Exército Branco tomou uma base militar e raptou cerca de 30 soldados. Em resposta, o Governo de Juba lançou uma onda de detenções contra o círculo próximo do ex-vice-presidente Riek Machar, que se dissociou das acções da milícia.
Na semana passada, o chefe do exército ugandês, Muhoozi Kainerugaba, confirmou o envio de tropas ao Sudão do Sul para apoiar o governo do Presidente Salva Kiir, enfrentando assim os grupos armados do norte do país. No entanto, o governo sul-sudanês desmentiu esta informação, aumentando a tensão no terreno.