Sociedade Distribuição de livros escolares em Moçambique atinge 47% da meta prevista

Distribuição de livros escolares em Moçambique atinge 47% da meta prevista

O governo moçambicano anunciou que a distribuição de livros escolares já alcançou cerca de 47% da meta estabelecida para todas as escolas primárias e secundárias do país. 

Este processo, que iniciou em Janeiro, está previsto para ser concluído até ao final de Março.

A informação foi divulgada pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, durante um briefing à imprensa, após a 5ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, realizada hoje na capital. Impissa destacou que as chuvas têm sido a principal causa de atraso na distribuição, dificultando o transporte dos materiais para as localidades alvo.

“Apesar das dificuldades encontradas no transporte para as escolas, os livros já estão a ser alocados nos distritos”, afirmou Impissa, que também é ministro da Administração Estatal e Função Pública. Até à data, aproximadamente cinco milhões de livros já foram distribuídos, com cerca de sete milhões ainda por enviar.

O porta-voz do governo abordou também a preocupação com os livros que apresentaram defeitos pedagógicos. O Ministério de Educação e Cultura (MEC) está a realizar uma investigação minuciosa para compreender as falhas identificadas na produção dos livros. “Pedimos algum tempo ao sector para poder concentrar-se e entender efectivamente o que se passa na produção dos livros escolares, incluindo a definição das operadoras e das edições”, acrescentou Impissa.

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No ano de 2022, muitos livros das 5ª e 6ª classes do sub-sistema de educação geral foram criticados devido a erros variados, que incluíam falhas ortográficas, imprecisões geográficas e conteúdos inadequados sobre personagens. As disciplinas de Ciências Sociais foram aquelas que continham o maior número de erros, o que levou o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) a investigar suspeitas de corrupção entre editores e funcionários do ministério.

Após a descoberta de subornos a funcionários do Ministério da Educação, o GCCC abriu processos contra nove funcionários do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e outras entidades envolvidas, incluindo editoras responsáveis pela produção dos livros.