O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, tornou-se o primeiro líder da história do país a ser formalmente indiciado enquanto ainda ocupa o cargo.
Yoon foi acusado de “liderar uma insurreição”, um desdobramento que acirra ainda mais a crise política na nação asiática.
Yoon Suk Yeol, que já se encontrava afastado da presidência desde a imposição controversa da lei marcial, foi detido no passado dia 15 de Janeiro. A sua prisão ocorreu após a aprovação de uma moção de impeachment pelo Congresso sul-coreano, que se reuniu em plenário no dia 14 de Dezembro, votando a favor do afastamento do presidente por actos considerados abusivos.
A decisão de Yoon de decretar a lei marcial a 3 de Dezembro de 2024 transformou a estrutura legal do país, substituindo a legislação civil por normas militares, aumentando consideravelmente os poderes do Executivo, encerrando o Parlamento e restringindo os direitos civis dos cidadãos. Este ato precipitou uma onda de protestos e uma forte oposição política.
Yoon passou por dois intensos interrogatórios antes da sua detenção, e deverá permanecer 48 horas em prisão preventiva enquanto as autoridades analisam as acusações que pesam contra ele.
O tribunal constitucional sul-coreano está actualmente a deliberar sobre a manutenção do processo de impeachment, um passo que poderá ter repercussões duradouras na estabilidade política da Coreia do Sul.