A Nigéria, maior produtor de petróleo bruto da África, está a intensificar seus esforços para combater o comércio ilegal de petróleo, com forças militares e de segurança desmantelando 56 locais de abastecimento ilegal.
O país enfrenta grandes desafios devido ao roubo em grande escala e à sabotagem de oleodutos, especialmente na região do Delta do Níger, rica em petróleo.
Umaru Ahmadu, consultor financeiro na área do petróleo e gás, destacou à DW que o roubo continuará se as autoridades não priorizarem a justiça social e económica na região. Ahmadu critica os sucessivos governos nigerianos por negligenciarem os residentes das áreas produtoras de petróleo, que carecem de infra-estrutura básica, apoio social e económico, e cujos meios de subsistência e meio ambiente estão seriamente comprometidos.
O comércio ilegal de petróleo tem reduzido a produção e exportação, impactando as finanças do governo e apresentando um desafio significativo para o Presidente Bola Tinubu.
Entre 2009 e 2020, a Nigéria perdeu cerca de 620 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em 46 mil milhões de dólares, segundo a Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas da Nigéria, que busca promover a responsabilização na gestão das receitas do petróleo e gás.