A Polícia da República de Moçambique protagonizou um incidente controverso ao impedir a marcha de professores que exigiam melhores condições de trabalho, pagamento de horas extraordinárias e a valorização da profissão.
O episódio ocorreu nas proximidades do Instituto Comercial, na avenida 24 de Julho, onde os educadores se reuniam pacificamente para reivindicar os seus direitos.
De acordo com relatos de professores que estavam presentes, a manifestação foi interrompida com o uso de gás lacrimogéneo, levando a situações de caos e confusão. “Estão a nos atirar com gás lacrimogéneo, impedindo a nossa manifestação, sem nenhum motivo. Isto é inadmissível”, afirmou um dos docentes que participou do protesto.
A marcha tinha sido previamente comunicada ao Município de Maputo e às autoridades policiais, que deveriam garantir a segurança e o direito à manifestação. Contudo, a ação policial resultou em detenções de alguns professores, incluindo um representante da Associação Nacional dos Professores de Moçambicanos (ANAPRO), gerando indignação entre os participantes e a comunidade educativa.
Os professores, que se reuniram em busca de soluções para os seus problemas laborais, expressaram descontentamento quanto à falta de diálogo por parte do Governo e à ineficácia das medidas implementadas até agora. A situação levanta questões sobre o respeito pelos direitos de reunião e manifestação pacífica em Moçambique.