Sociedade Polícia à paisana morto em Malhampsene após conflito com manifestantes

Polícia à paisana morto em Malhampsene após conflito com manifestantes

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Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi brutalmente assassinado à pedrada pela população durante uma manifestação no bairro de Malhampsene, na Cidade da Matola. 

O incidente ocorreu na tarde de segunda-feira, cerca das 16 horas, e deixou a comunidade em estado de choque.

De acordo com testemunhas oculares, a manifestação, que inicialmente se desenrolava de forma pacífica, foi abruptamente alterada após um agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) disparar mortalmente contra um jovem de aproximadamente 20 anos. Este ato provocou a indignação da população que, em resposta, atacou o polícia à paisana.

“Um membro do SERNIC, não uniformizado, disparou contra um jovem e ele caiu. Tinha um camião ao lado. Morreu ali mesmo! A partir daí, a população lançou-se atrás do agente. Ele disparou para o ar na tentativa de dispersar os manifestantes”, relatou uma testemunha, que preferiu não se identificar.

Apesar dos disparos efectuados pelo agente, os manifestantes mantiveram-se determinados, continuando a arremessar pedras contra ele. “Ele entrou para uma casa de banho e as pessoas continuaram a atirar pedras. Ele continuava a disparar, mas a arma já não tinha munições”, acrescentou a mesma fonte.

Sem opções e já sem munições, o agente tentou escapar para um local seguro, mas a multidão não cedeu. No tumulto, vários danos foram provocados nas instalações de um posto de combustível nas proximidades. O polícia, pressionado pela fúria dos manifestantes, acabou por sucumbir e foi encontrado sem vida.

A porta-voz da PRM na província de Maputo, Carmínia Leite, confirmou a tragédia, descrevendo as manifestações como inicialmente pacíficas, mas que rapidamente se tornaram violentas. “Infelizmente, perdemos a vida de um membro da PRM afecto à nona esquadra. Neste momento, estamos a trabalhar para verificar a veracidade dos factos relativos ao que aconteceu”, afirmou Leite.

Carmínia Leite também sublinhou que a corporação não se opõe a manifestações, desde que estas sejam realizadas de forma pacífica, reiterando a importância do respeito mútuo entre a polícia e a comunidade.