As chuvas torrenciais que têm assolado várias regiões de Espanha continuam a causar estragos, com destaque para a província de Málaga, onde mais de 4.200 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido à subida das águas.
No sul da província, as intensas precipitações resultaram em ruas inundadas e na evacuação preventiva de residentes nas proximidades do rio Guadalhorce. A situação tem gerado preocupações entre as autoridades locais, que já tomaram medidas drásticas para garantir a segurança da população.
O Governo da Comunidade Autónoma da Andaluzia decidiu suspender as aulas em diversas áreas de cinco províncias e ordenar o encerramento de linhas de comboio e auto-estradas consideradas vulneráveis. Felizmente, até ao momento, não há registo de vítimas mortais, o que alivia, em parte, a tensão provocada por esta calamidade natural.
Estas tempestades surgem apenas duas semanas após uma série de inundações devastadoras que afectaram o Leste de Espanha, resultando na morte de mais de 220 pessoas e na destruição de inúmeras casas e infraestruturas, especialmente na região de Valência, que ainda se encontra em processo de recuperação.
A Agência Estatal de Meteorologia de Espanha emitiu, na passada quarta-feira, um alerta vermelho para Málaga, informando que se tinham acumulado até 70 milímetros de chuva em apenas uma hora.
Contudo, segundo a correspondente da SIC em Espanha, Belén Rodrigo, este alerta vermelho foi levantado na manhã de quinta-feira, apesar de a jornalista ter enfatizado que a noite anterior foi “muito complicada” e que o risco de novas inundações ainda se faz sentir.
Além disso, a Protecção Civil da Comunidade Valenciana deu também a conhecer a desactivação da fase de alerta do Plano Especial de Emergência para o risco de inundações na Catalunha, assim como o alerta para ondas fortes na costa norte e sul da província. No entanto, partes da província de Tarragona, localizada no Leste do país, continuam a estar sob alerta vermelho devido a chuvas intensas.