Um homem de 47 anos foi detido pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em relação a uma tentativa frustrada de rapto de um empresário, ocorrida há duas semanas na baixa da cidade de Maputo.
O indiciado, que reconhece ter fornecido uma chapa de matrícula falsa utilizada na viatura envolvida no crime, nega qualquer participação no rapto.
Segundo as autoridades, o crime em questão foi perpetrado por um grupo que raptou o empresário, que foi posteriormente abandonado na via pública. O SERNIC declarou que o detido foi o responsável pela criação da chapa de matrícula falsa, a qual não corresponderia ao registo da viatura utilizada.
Hilário Lole, porta-voz do SERNIC na capital moçambicana, afirmou que as investigações até ao momento levaram apenas à detenção deste indivíduo, que, segundo Lole, “foi responsável pela identificação da matrícula, que, é importante frisar, não pertence à viatura em causa”.
O porta-voz elucidou que o indiciado e os seus cúmplices realizaram um trabalho preparatório que incluiu a seleção de uma matrícula apropriada e a produção de artefactos fraudulentos para a execução do crime.
“Este processo que eles tiveram para até conseguirem ter aquela chapa de inscrição, assim como outras chapas de inscrição que foram encontradas naquela mesma viatura, já vinham correndo diligências desde o mês de Agosto até à data dos factos”, acrescentou Lole, sugerindo que o grupo poderia ter planos para outros crimes semelhantes.
O indiciado, por sua vez, admite ter produzido a chapa de matrícula, uma prática comum na sua profissão há mais de 25 anos, mas recusa qualquer envolvimento na tentativa de rapto. “Alguém me ligou e pediu para fazer as chapas de matrícula e eu fiz e fui-lhe entregar, no dia 12 de Outubro, e, no dia 16 de Outubro, vieram-me buscar, pelo SERNIC”, argumentou.
Apesar da sua defesa, o SERNIC mantém convicções firmes sobre a culpabilidade do detido, assegurando que ele atuou sob ordens de um cúmplice que, até ao momento, se encontra em parte incerta. As investigações continuam em curso, com o objetivo de esclarecer não apenas este caso, mas também outros incidentes de rapto que têm atormentado a Cidade de Maputo.