Curiosas Cantor brasileiro sob investigação por suspeita de trabalho escravo em propriedade rural

Cantor brasileiro sob investigação por suspeita de trabalho escravo em propriedade rural

Funcionários viviam em condições degradantes, com camas improvisadas, sem casas de banho e rodeados de morcegos.

O cantor brasileiro Leonardo, conhecido no cenário sertanejo, está sob investigação por suspeitas de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão numa propriedade localizada em Jussara, no noroeste do estado de Goiás.

Segundo o portal G1, seis trabalhadores foram encontrados em condições deploráveis num alojamento improvisado, sem condições básicas de higiene, camas adequadas, e infestados de morcegos e excrementos de animais. Entre os trabalhadores resgatados, está um jovem de apenas 17 anos.

A propriedade onde ocorreram os factos, a Fazenda Lakanka, pertence a Leonardo, embora a sua defesa alegue que a área onde os trabalhadores estavam alojados foi arrendada para a plantação de soja e, portanto, não seria de sua responsabilidade directa.

A equipa de defesa do cantor também afirma que Leonardo não estava ciente da situação, argumentando que ele não compactuaria com tais práticas desumanas.

“Eu já trabalhei no campo, plantei tomates e sei o quão dura pode ser a vida lá. No meu coração, nunca faria isso. Há claramente um grande equívoco sobre o meu envolvimento. Eu não me envolvo em nada relacionado a essa lista de trabalho escravo”, desabafou o cantor nas redes sociais, defendendo a sua inocência.

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Apesar das declarações de Leonardo, o Ministério do Trabalho está a conduzir uma investigação minuciosa, uma vez que todos os trabalhadores resgatados prestavam serviços relacionados com a sua propriedade, ainda que de forma indirecta.

A fiscalização revelou que os trabalhadores tinham de improvisar as suas camas utilizando tábuas de madeira encontradas nas proximidades para sustentar os colchões.

O alojamento apresentava sinais evidentes de abandono, com uma infestação de morcegos cujas fezes estavam espalhadas em várias áreas. Além disso, o local estava repleto de formigas e tinha um histórico de presença de animais perigosos, como cobras e escorpiões.

Embora o alojamento tivesse, em tempos, uma casa de banho, esta encontrava-se completamente inutilizada, sem abastecimento de água e visíveis sinais de descuido. Sem outra opção, os trabalhadores recorriam às árvores circundantes para satisfazer as suas necessidades fisiológicas.

A investigação continua, e o Ministério do Trabalho pretende apurar todas as responsabilidades envolvidas no caso.