Sociedade Moçambique poderá reduzir importação de medicamentos com expansão da produção local

Moçambique poderá reduzir importação de medicamentos com expansão da produção local

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou que o país está no caminho para reduzir a sua dependência da importação de medicamentos. 

Esta afirmação foi feita na passada segunda-feira, durante uma visita oficial à Fábrica Nacional de Medicamentos, situada no Município da Matola, província de Maputo. Esta fábrica é actualmente a maior produtora de medicamentos na região Austral de África.

A fábrica, que recebeu em Abril deste ano a aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a produção e exportação de medicamentos, é vista como um marco na independência de Moçambique em termos de fornecimento de medicamentos essenciais para o seu sistema de saúde. Com esta certificação, o país está agora apto a fornecer medicamentos de qualidade não só para o consumo interno, mas também para outros mercados globais.

Durante a visita, o Chefe de Estado sublinhou a importância da certificação da OMS, referindo que esta validação atesta a qualidade e os elevados padrões dos medicamentos produzidos localmente. Nyusi destacou ainda que o país já iniciou a campanha de vacinação contra a malária, um passo importante na luta contra esta doença endémica.

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O Presidente instou os gestores da fábrica a priorizarem a produção de vacinas contra a malária, cólera e outras doenças, para assim reforçar a resposta do país às principais ameaças de saúde pública.

Desde o início das suas operações em 2015, a Fábrica Nacional de Medicamentos tem produzido mais de um bilião de doses por ano, abrangendo um vasto leque de cerca de 85 medicamentos essenciais. Estes incluem anti-hipertensivos, antibióticos, anti-convulsantes, anti-diabéticos, vitaminas e antialérgicos, entre outros.

A expansão da capacidade desta unidade fabril representa um passo significativo para o reforço da autonomia de Moçambique no sector da saúde, ao mesmo tempo que coloca o país como um potencial exportador de medicamentos no cenário internacional.

Com esta evolução, Moçambique poderá, num futuro próximo, reduzir drasticamente a sua necessidade de importar medicamentos, assegurando um fornecimento sustentável e acessível para a sua população e fortalecendo o seu sistema nacional de saúde.