Desde o início deste ano, pelo menos 26 indivíduos foram detidos por envolvimento na exploração ilegal de recursos florestais e faunísticos no Parque Nacional de Banhine, situado no extremo norte da província de Gaza.
Esta informação foi divulgada por Abel Nhabanga, administrador do parque, que destacou as medidas implementadas para combater actividades ilegais na área de conservação.
Segundo a Rádio Moçambique, a maioria dos detidos foi apanhada em flagrante pelos fiscais enquanto cortavam madeira e produziam carvão ilegalmente. Abel Nhabanga informou ainda que, no âmbito da caça furtiva, foram desactivadas 160 armadilhas, cabos de aço e ratoeiras.
No seguimento destas detenções, foram instaurados três processos criminais, resultando no julgamento e condenação de quatro pessoas, além da aplicação de uma multa total de 323 mil meticais. “Lavrámos três autos envolvendo mais de 30 pessoas, pois muitas vezes os exploradores ilegais operam em grandes grupos. Detivemos 26 indivíduos que produziam carvão dentro do parque e aplicámos uma multa de 323 mil meticais a estes infractores”, detalhou Nhabanga.
O administrador do Parque Nacional de Banhine comparou a situação actual com a do ano passado, indicando um ligeiro decréscimo na actividade ilegal: “Comparando com o período homólogo, podemos afirmar que houve uma redução, visto que no ano anterior foram instaurados cerca de 10 autos, o que demonstra o esforço contínuo do nosso trabalho.”
Nos primeiros três meses deste ano, quatro casos de exploração ilegal foram julgados e sentenciados. Abel Nhabanga atribuiu a redução das actividades ilegais ao aumento do número de fiscais operacionais na área. “Este ano tivemos cerca de 30 fiscais directamente envolvidos nas operações, comparados aos 11 do ano passado. Este aumento no número de fiscais tem sido fundamental para o sucesso das nossas acções de fiscalização”, concluiu.