O Ministério Público formalmente acusou cinco padres da Igreja Anglicana de Moçambique por crimes de calúnia e difamação contra um colega da mesma congregação religiosa.
A acusação foi feita através do processo n.º 12/1101/P/024, que apresenta detalhes sobre o comportamento dos padres Manuel Fernando Cumbe, Benedito Zavalane Mahumane, António Aida Nhaca, Cláudio Chitsondzo e Vasco Davane.
O caso remonta a cerca de três meses atrás, quando desentendimentos surgiram entre os membros do clero, culminando na busca por justiça através dos meios legais. A acusação baseia-se em alegações de calúnia e difamação dirigidas ao padre Luís Silvestre Zandamela, um membro proeminente da diocese.
De acordo com a acusação do Ministério Público, os eventos teriam ocorrido no contexto da Diocese dos Libombos, onde os envolvidos exerciam funções pastorais e administrativas. O desentendimento teria origem em discussões num grupo de WhatsApp, onde o padre Benedito Zavalane Mahumane teria iniciado uma série de artigos intitulados “PATMOS”, fazendo alusões negativas à conduta do padre Luís Silvestre Zandamela.
A acusação alega que Mahumane insinuou publicamente que Zandamela estava a influenciar o bispo para transferir outros padres, acusando-o de má gestão e sugerindo que ele estaria envolvido em negócios ilícitos. Essas alegações foram disseminadas através dos artigos “PATMOS”, onde Mahumane fez várias acusações contra Zandamela.
Outros padres, como Manuel Cumbe, António Nhaca, Cláudio Chitsondzo e Vasco Duvane, também foram acusados de participar na disseminação das mensagens difamatórias. Cumbe, por exemplo, associou-se às alegações feitas por Mahumane, denunciando publicamente Zandamela ao bispo da diocese.
O Ministério Público conclui que os cinco padres agiram com o objetivo de difamar e desacreditar Zandamela perante a comunidade religiosa, espalhando informações falsas e prejudiciais sobre ele. Essas ações resultaram na acusação formal de calúnia e difamação, conforme previsto no Código Penal.
Até o momento, a Igreja Anglicana de Moçambique, especificamente a Diocese dos Libombos, não emitiu nenhum comentário sobre o assunto.