De acordo com um relatório oficial consultado pela Lusa, as autoridades moçambicanas certificaram 115 cursos do ensino superior, provenientes de 11 instituições, num total de 117 cursos avaliados durante o ano de 2023.
Destes, 115 (98,3%) foram acreditados, enquanto dois (1,7%) não obtiveram a certificação devido ao seu baixo desempenho.
O Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior (CNAQ) revelou que dos cursos reconhecidos, oito foram acreditados condicionalmente por dois anos, quatro condicionalmente por três anos, e os restantes por cinco anos. No que diz respeito aos indicadores avaliados, 92,3% dos cursos demonstraram um “desempenho excelente” em termos de “missão e objetivos gerais da unidade orgânica”.
Globalmente, a maioria dos cursos apresentou um “excelente desempenho” nos indicadores-chave, incluindo currículo, corpo docente, pesquisa e extensão, e infraestruturas. Maputo foi a região com mais cursos acreditados (35,65% do total), seguida pela província da Zambézia (16,52%).
Quanto ao nível académico, dos 115 cursos acreditados, 77 são licenciaturas, 32 correspondem a mestrados e seis são doutoramentos.
O relatório também destaca a necessidade de alargar a oferta de ensino superior, já que apenas oito em cada 100 moçambicanos com idade para frequentar o ensino superior estão atualmente matriculados neste subsistema, de acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Ele salientou que essa taxa está abaixo da média da África Austral, calculada atualmente em 33%, e ressaltou a importância de enfrentar o desafio da distribuição desigual dos estudantes por regiões e províncias do país.