Mais uma vez, professores do ensino primário, secundário e técnico-profissional saíram à rua, na Cidade de Maputo, para exigir melhores condições de trabalho.
No topo das reivindicações está o pagamento do subsídio de horas extras, que o Governo garantiu já estar a pagar. No entanto, os professores afirmam que não estão a receber o valor devido.
Falando ao programa Noite Informativa da TVM, Abel das Neves, do Movimento Educação para Todos (MET), disse que a marcha desta segunda-feira revela falta de uma comunicação “eficaz” entre as partes.
“O posicionamento do Ministério da Educação sobre a existência de horas extras indevidas é duvidoso”, afirmou Das Neves. “Se as horas são indevidas, que apresente as horas devidas, porque não pode dizer que algo está errado, sem apresentar o correcto.”
Abel das Neves considera ser perigoso que o ano lectivo 2024 comece com insatisfações por parte dos professores.
“Devia haver uma comunicação mais clara, porque estes professores já fizeram isso várias vezes, já submeteram vários cadernos reivindicativos, já houve sentadas com o próprio Ministério da Educação, mas o que eles estão a reclamar e que todas as promessas feitas não estão a ser cumpridas”, disse.
Os professores ameaçaram suspender as aulas caso as suas reivindicações não sejam atendidas.
O Ministério da Educação ainda não se pronunciou sobre as últimas reivindicações dos professores.