Comerciantes do Mercado Central de Quelimane, que foi destruído por um incêndio de grandes proporções em agosto de 2023, queixam-se da lentidão na reconstrução da infra-estrutura.
O incêndio, que ocorreu na madrugada de 1º de agosto, destruiu 500 barracas e deixou cerca de 2.500 famílias desamparadas.
Após o incêndio, o município de Quelimane lançou um processo de reconstrução do mercado, com o objetivo de construir uma infra-estrutura moderna e segura.
No entanto, os comerciantes dizem que os trabalhos estão a andar a passo de caracol.
“Os trabalhos estão muito lentos para aquilo que visa acabar com o sofrimento das famílias”, disse Abrão Mobrica, chefe da Associação dos Comerciantes Informais de Quelimane.
“É preciso que o presidente do município desça ao mercado, junte-se à empreitada que está a trabalhar de forma muito lenta, pavimente o piso afectado pelo incêndio, pelo menos do lado frontal e nos entregue para nós continuarmos a reconstruir para a retoma das nossas vidas e das nossas famílias”, acrescentou.
Santos Moreira, outro comerciante do Mercado Central, diz que o processo de reconstrução está a atrasar porque o município se comprometeu em pavimentar o mercado e depois entregar aos legítimos proprietários.
“Estamos há seis meses, mas nada acontece, as bancas frontais em construção estão a ser feitas de forma individual e não com o Conselho Municipal”, disse.
O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, diz que a reconstrução está a avançar e que a edilidade conseguiu cerca de 400 mil dólares para construir de raiz a zona afectada pelo incêndio.
“Nós já assinámos um memorando de entendimento com uma organização que vai transferir, de forma substancial, aqueles fundos para reabilitação”, disse.
“O mercado será o melhor e mais moderno de Moçambique, esse é o nosso desafio”, prometeu.
Enquanto isso, os comerciantes continuam a vender na rua, o que está a causar congestionamento no trânsito e prejudicando as vendas.