Dezenas de milhares de manifestantes reuníram-se e frente à base militar da capital, Niamey, onde se encontram os militares franceses.
As imagens e vídeos que circulam nas redes sociais, publicadas pelos próprios manifestantes, revelam alguma dificuldade por parte das forças policiais em acalmar o ânimo da multidão e impedir as tentativas de alguns manifestantes em entrar na base militar.
De cartazes erguidos na mão, a multidão gritava slogans desfavoráveis à França, exigindo a saída “imediata” e “incondicional” dos militares franceses, cerca de 1.500 no país.
Antes do golpe de estado de 26 de Julho, forças nigerinas e francesas colaboravam na luta contra o terrorismo jihadista. No entanto, no início do mês de Agosto, a junta militar que tomou o poder denunciou os acordos de defesa e o “estatuto” dos soldados franceses.
Paris mostrou até agora uma posição de firmeza, não reconhecendo o poder legítimo dos militares de Niamey e portanto, recusando cumprir as suas ordens.
Contudo, o ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, voltou a afirmar, a 2 de Setembro, nos meios de comunicação, que a saída do contingente francês do Níger não está de todo prevista.
A junta militar nigerina deu 48 horas ao embaixador francês para sair do país, um ultimato que chega ao fim, este domingo 3 de Setembro à meia noite, e que as autoridades francesas ignoraram até agora.
Um terceiro dia de manifestações está previsto este domingo no Níger.