Quando falta cerca de uma semana para a anunciada greve dos médicos do Sistema Nacional de Saúde, o Governo anuncia consensos para a solução do principal ponto do caderno reivindicativo, mas os médicos dizem que as cedências feitas são insuficientes para evitar a paralisação.
O início da greve está marcado para 5 de Dezembro na qual os médicos vão protestar contra as condições salariais impostas na Nova Tabela Salarial Única.
Desde o ultimato dado, representantes da classe médica e do Governo estão em negociações, com o Executivo a anunciar que já há consensos, pelo menos para o tema dos subsídios, que são o principal aspecto do caderno reivindicativo.
“A solução encontrada passa pela fixação do quantitativo nominal, ou seja, aquilo que eles recebiam quando se aplicava o percentual, quando se aplicava a tabela salarial antiga, portanto, este foi o arranjo conseguido com estes diferentes grupos e, felizmente, foi uma solução conseguida mutuamente”, disse o vice-ministro.
Depois deste anúncio, feito pelo vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, os médicos vieram a público dizer que não é bem assim.
“Estamos a duas semanas do dia marcado para a nossa greve nacional e não vemos desenvolvimentos satisfatórios, pelo que achamos muito difícil que no dia 5 de Dezembro não haja greve” disse Napoleão Viola, membro da Associação Médica de Moçambique.