O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) deteve, na cidade da Beira, um empresário de origem nigeriana indiciado pelo crime de tráfico de droga, anunciou, igualmente ontem, uma fonte oficial.
“Este cidadão, de origem nigeriana, é um empresário da praça que se dedica na venda de cosmético em toda a região Centro”, disse à Comunicação Social na cidade da Beira, Lurdes Cuchama, porta-voz do Sernic na província de Sofala.
“A sua detenção foi mediante uma denúncia anónima, que descrevia que o indiciado guardava a droga na sua residência. Diligências levadas a cabo pelo Sernic tornaram possível a apreensão da droga”, acrescentou.
Na residência do empresário, as autoridades apreenderam 536 gramas de canábis, quantidade não especificada de cocaína e uma “máquina trituradora das drogas”, segundo o Sernic, que não descarta a possibilidade de existirem outros envolvidos neste tipo de crime na Região Centro.
Organizações internacionais colocam Moçambique no caminho de diversas rotas de tráfico de droga, sobretudo com origem da Ásia e atravessando o Oceano Índico.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, recentemente, que o país é corredor de grandes volumes de droga.
O Gabinete da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC) alertou, na altura, que Moçambique se tornou num corredor de grandes volumes de substâncias ilícitas, principalmente, heroína, defendendo uma maior cooperação internacional para a prevenção desse mal.
“Após melhoria das capacidades de aplicação da lei marítima pela vizinha Tanzânia e no Quénia, apreensões recentes sugerem que um grande volume de produtos ilícitos está a ser agora traficado por Moçambique”, declarou César Guedes, representante do UNODC em Moçambique.
De acordo com a Lusa, César Guedes manifestou, na ocasião, preocupação com o tráfico de substâncias ilícitas em Moçambique, quando falava durante o “Seminário sobre formulação de um plano estratégico contra o crime organizado transnacional, droga e terrorismo”.