Um total de 1671 crianças viu os seus direitos serem violados nos primeiros cinco meses deste ano, no país, segundo denúncias feitas à Associação Linha Fala Criança (116), instituição de emergência de protecção a este grupo.
Durante o período em análise, a Linha atendeu 1287 infracções, de um universo de 63.074 telefonemas recebidos nas centrais de chamadas na cidade e províncias de Maputo, Manica e Cabo Delgado.
Segundo a membro do Parlamento Infantil Edna Macamo, a maioria dos casos registados estava relacionada às uniões prematuras na província da Zambézia.
Afirmou que as conselheiras encaminharam as denúncias de uniões prematuras, violência física, sexual e financeira aos gestores de caso, que, por sua vez, pediram a intervenção das estruturas locais, com vista a fazer chegá-las aos órgãos competentes para a sua resolução.
Indicou como principal desafio na gestão da linha 116 o seu uso indevido por alguns utentes, situação que priva pessoas necessitadas de receber apoio imediato.
“Por exemplo, há pessoas que ligam e proferem insultos, dificultando a captação da denúncia e a devida ajuda”, contou.