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Observadores consideram retirada das tropas francesas do Mali como retrocesso no combate ao terrorismo

Retirada “coordenada” das tropas do Mali decidida pela França é tida por vários observadores como um grande retrocesso no combate ao terrorismo. Mas há malianos muito satisfeitos com a saída das forças estrangeiras.

Continuam a surgir reações sobre a decisão da França, ao lado dos seus parceiros europeus e africanos, da retirada “coordenada” das tropas do Mali, anunciada na quinta-feira (17.02).

Malianos, que há 9 anos aplaudiam a chegada as forças estrangeiras, hoje estão satisfeitos com a retirada. “Estou muito feliz porque tropas francesas vieram para encontrar uma solução, mas se não há solução, e eles vão embora, isso é bom”.

Há ainda que deposite confiança na Junta Militar, que assumiu o poder através de golpe de Estado: “Desejamos que Assimi Goita cumpra a sua missão de assegurar o país e também sair do franco CFA, para criar a nossa própria moeda, que poderia criar o Mali de amanhã, como todos os malianos desejam.”

A França possui uma das suas maiores operações militares no Mali desde 2013, com a operação Barkhane a envolver atualmente cerca de 4.300 efetivos no Sahel e cerca de 2.500 estão no Mali.

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O desmantelamento da presença militar francesa e europeia no Mali vai acontecer nos próximos “quatro a seis meses”, segundo o chefe de Estado francês Emmanuel Macron. Desde o início da operação Barkhane, morreram 53 franceses no combate ao terrorismo na região.