Sociedade Tempestade tropical Ana matou pelo menos 18 pessoas e fez 99 feridos

Tempestade tropical Ana matou pelo menos 18 pessoas e fez 99 feridos

A Tempestade tropical Ana matou pelo menos 18 pessoas e fez 99 feridos na sua passagem pelas zonas centro e norte do país, afectando mais de 45 mil pessoas, segundo um balanço preliminar divulgado ontem pelo (INGD).

O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, trabalhou em Nampula, no quadro da monitoria das acções em curso para dar resposta e assistência humanitária aos afectados, tendo orientado para a necessidade de construção de infra-estruturas cada vez mais resilientes a eventos climáticos.

O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que ainda ontem terminou a visita de dois dias às zonas afectadas na província de Nampula, alertou sobre a importância de se aprimorar ideias que possam conduzir à adaptação às mudanças climáticas, pois o país continuará vulnerável a eventos extremos.

O governante insistiu que a aposta deve ser dada à resiliência, pois em todos os anos ocorrerão ciclones e outros desastres, por isso devem procurar-se recursos para se conviver com estes fenómenos com muita ênfase na prevenção e adaptação.

Entretanto, Paulo Tomás, porta-voz do INGD, indicou que “tivemos o registo de 18 mortos, sendo oito na Zambézia, quatro em Tete, três em Nampula e três em Manica. As causas dos óbitos variam, tendo sido umas por desabamento de parede (11 pessoas), afogamento (3), arrastamento pelas águas (1), queda de postes de energia (1) e as causas dos restantes dois casos ainda por confirmar.

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Foram afectados, no global, 45.395 pessoas, sendo 25.259 na província de Nampula, 9956 na Zambézia, 3500 em Tete, 3350 em Manica, 2935 em Sofala e 395 no Niassa.

As autoridades ao mais alto nível estão a monitorar a evolução da situação ao mesmo tempo que prestam assistência humanitária imediata aos afectados. Para o efeito, foram abertos oito centros de acomodação (6 na Zambézia e 2 em Tete) que acolhem 4751 pessoas.

Estão a ser levadas a cabo acções de busca e salvamento em várias zonas sitiadas com recurso a barcos e drones pré-posicionados naquelas áreas.

No que se refere aos principais danos, o INGD aponta que foram destruídas 7315 casas parcialmente e 2756 totalmente e 391 ficaram inundadas. Doze unidades sanitárias foram danificadas e 137 escolas (346 salas de aula) sofreram com o impacto da tempestade, o que coloca 27.383 alunos em risco de não iniciarem o ano lectivo a 31 de Janeiro próximo.

A tempestade cortou várias estradas e algumas pontes, tornando-as intransitáveis, nas regiões centro e norte. Pelo menos 132 postos de transporte de energia eléctrica não escaparam das intempéries que fustigaram aquelas zonas. Cerca de 2550 hectares de áreas de cultivo foram perdidos.