Internacional Africa Taxistas angolanos ameaçam iniciar greve devido a medida restritiva da lotação máxima

Taxistas angolanos ameaçam iniciar greve devido a medida restritiva da lotação máxima

Taxistas prometem avançar com greve a partir de segunda-feira. Queixam-se da “violação do seus direitos económicos e sociais” por causa das restrições da Covid-19. No Huambo, profissionais já paralisaram as atividades.

Na quinta-feira de manhã (06), muitas pessoas que procuravam táxi para se deslocar no Huambo ficaram à espera em vão. Os chamados “azuis e brancos” não estavam de serviço. Os taxistas do Huambo paralisaram as atividades antes mesmo da greve prevista para a próxima semana, em sete províncias – Luanda, Benguela, Huíla, Cuanza Sul, Uíge, Bengo e Lunda Norte.

Os profissionais queixam-se das medidas do decreto presidencial sobre o estado de calamidade pública, por causa da Covid-19. Uma das restrições é a lotação máxima de até 50% da capacidade de transporte do veículo. Os taxistas dizem que, assim, não conseguem pagar as despesas.

Em comunicado, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) diz que as medidas do decreto presidencial violam os “direitos económicos e sociais” destes profissionais e “discriminam” entre táxis e autocarros. As principais associações de táxi do país – a ANATA, a Associação dos Taxistas de Angola (ATA) e a Associação dos Taxistas de Luanda (ATL) – exigem também a introdução de uma carteira profissional e melhores estradas.

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Na quinta-feira de manhã, o Governo e a polícia do Huambo encontraram-se com a associação provincial dos taxistas para esclarecer a situação. Mas o taxista Manuel Fernando diz que está cansado de reuniões: “Se não houver uma solução, podemos fazer greve durante uma semana. Se houver solução amanhã, podemos trabalhar.”