Uma centena de ruandeses chegou à República Democrática do Congo (RDCongo) nos últimos dias, alegando estar a fugir da vacinação contra a covid-19, que é obrigatória no seu país.
Os ruandeses apareceram em pequenos grupos e viajaram em canoas artesanais para o sul da ilha de Idjwi, localizada no Lago Kivu, na fronteira entre o Ruanda e a RDCongo, onde as autoridades procuram identificar formalmente o seu perfil e as razões da sua chegada.
Segundo Dunia Muhigirwa, uma professora em Idjwi, estes ruandeses, incluindo mulheres e crianças, dizem que estão “a fugir da vacina” contra a covid-19. Estão a ser identificados nas aldeias de Lemera e Nyereji onde, de acordo com a professora, “a maioria vive por agora com famílias de acolhimento”.
No Ruanda, a vacinação contra a covid-19 é obrigatória para andar nos transportes públicos, frequentar bares e restaurantes e participar em conferências e reuniões. De acordo com o Centro de Controlo de Doenças da União Africana (África CDC), o Ruanda tem um total acumulado de 118 mil casos e mais de 1.300 mortos devido à covid-19.