Ordem dos Advogados de Moçambique pediu em sede de tribunal a extração de documentos que contêm alegadas violações de sigilo profissional do advogado e declarante Imran Issa. Juiz já indeferiu o pedido.
A Ordem dos Advogados de Moçambique, assistente do Ministério Público no julgamento das dívidas ocultas, em Moçambique, requereu na terça-feira (07.12) ao tribunal a extração de certidões que contêm alegadas violações de sigilo profissional do advogado e declarante Imran Issa.
Na qualidade de declarante, Issa teria exposto conversas sigilosas em sede de tribunal que teve em tempos com os réus Ângela Leão e Fabião Mabunda sobre o recebimento de subornos do grupo Privinvest, envolvido nas dívidas ocultas.
Segundo a imprensa moçambicana, Imran Issa solicitou autorização à Ordem dos Advogados, a 29 de setembro, para cessar a obrigação de sigilo profissional relativamente aos ex-constituintes – uma lista que inclui também António Carlos do Rosário, antigo diretor da inteligência económica da secreta moçambicana, que o advogado disse ter tido contacto com o Presidente Filipe Nyusi na prisão, durante o seu depoimento em tribunal. A Ordem, diz a imprensa, concedeu autorização no mesmo dia em que Issa apresentou o pedido.