Ernesto Gove, antigo governador do Banco de Moçambique, reconheceu em tribunal que autorizou contratos “irregulares” de financiamento às três empresas que beneficiaram das dívidas ocultas – em nome da “soberania”.
O antigo governador do Banco de Moçambique assumiu na terça-feira (23.11) em tribunal que os contratos de financiamento das empresas que beneficiaram das “dívidas ocultas” continham “irregularidades”.
Ainda assim, Ernesto Gove disse que os contratos foram autorizados porque se tratava de uma questão de urgência, face ao “ambiente político do país”, e também de soberania.
O antigo número um do Banco Central referiu que os contratos de financiamento da EMATUM, MAM e ProIndicus já estavam assinados com bancos estrangeiros que concederam os empréstimos – apesar de a lei moçambicana prever a assinatura apenas depois da autorização do regulador.